terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Educação Ambiental - VÍDEO.

Este video, de autoria de MICHELE SATO, mostra de maneira lúdica, educativa e holistica o que é a educação para com o Meio Ambiente e as responsabilidades globais que temos para um mundo sustentável.



ISO 14.000 / ISO 14.001


ISO 14000 é uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas.

HISTÓRICO:

A certificação ISO 14001, que foi publicada em setembro de 1996, se enquadra na série de normas ISO 14000. As diretrizes surgiram com o intuito de padronizar os processos relacionados com a questão ambiental em empresas que causam algum dano ao meio ambiente com suas atividades e/ou se utilizam de recursos tirados da natureza. Em 1993, a ISO criou o Comitê Técnico TC 207, responsável pelo desenvolvimento das normas. O comitê foi dividido, então, em nove subcomitês. O primeiro e mais conhecido recebeu o nome ISO 14001 e estabelece diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental, SGA ,que deve gerenciar as questões ambientais dentro da empresa.

Há outras normas ambientais e diretrizes que também foram desenvolvidas pelo comitê TC 207 ISO, as mais relevantes para o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) são:
• ISO 14004 - Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes, Princípios Gerais e Técnicas de Apoio;
• ISO 14010 - Diretrizes para Auditoria Ambiental - Princípios Gerais da Auditoria Ambiental;
• ISO 14011 - Diretrizes para Auditoria Ambiental - Procedimentos - Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental;
• ISO 14012 - Diretrizes para Auditoria Ambiental - Critérios de Qualificação para Auditores Ambientais.

A norma ISO 14001 é uma ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. A norma faz com que a empresa dê uma maior atenção às questões mais relevantes de seu negócio. A ISO 14001 exige que as empresas se comprometam com a prevenção da poluição e com melhorias contínuas, como parte do ciclo normal de gestão empresarial.
A norma é baseada no ciclo PDCA do inglês "plan-do-check-act" - planejar, fazer, checar e agir - e utiliza terminologia e linguagem de gestão conhecida.
Implementar, manter e melhorar um sistema de gestão ambiental para assegurar conformidade com a política ambiental e demonstrar tal conformidade a terceiros.

Como Funciona :
ISO 14001:2004 não especifica os níveis de desempenho ambiental. ISO tem muitas outras normas que tratam de questões ambientais específicas. A intenção da norma ISO 14001 é fornecer um quadro de uma abordagem holística e estratégica à política ambiental da organização, planos e ações. Proporciona requisitos genéricos para um sistema de gestão ambiental.
Política ambiental
Este é o principal condutor do SGA, que estabelece a estratégia ambiental da organização.
Deve ser adequado à natureza, escala e impactos ambientais da organização e inclui o compromisso com a melhoria contínua, com a prevenção da poluição e com manter-se de acordo com requisitos legais, entre outros. Deve também ser documentada, comunicada aos funcionários e estar disponível ao público.
Planejamento
Esta seção da norma deve ser considerada dinâmica e estabelece tanto o foco da gestão quanto o da gestão de mudanças.
Ela determina as áreas de gestão, os aspectos ambientais, o que deve ser alcançado, requisitos legais, outros requisitos, programas de melhoria, objetivos e metas. Além disso, é também apresentada nesta seção a necessidade de se aplicar a gestão ambiental a projetos relacionados a mudanças nas atividades, produtos e serviços.

Implementação e operação
Esta seção da norma estabelece:
• as responsabilidades, autoridade e funções dos indivíduos dentro do SGA;
• as necessidades e competências de treinamento de indivíduos que realizam os processos de controle e da consciência ambiental por toda a organização;
• a maneira pela qual as comunicações internas e externas serão geridas;
• a documentação do sistema;
• o controle operacional das fontes poluentes da organização e das mercadorias e serviços que ela utiliza;
• a maneira como as emergências em potencial serão identificadas e como tais emergências ou incidentes serão gerenciados e tratados.
Verificações e ações corretivas
Define como a performance do SGA é verificada e os pontos fracos a serem corrigidos:
• através do monitoramento e avaliando-se a performance do controle operacional e conformidade para com os requisitos legais;
• Através do estabelecimento de processos para identificar e relatar falhas ao se atender aos requisitos de controle e prevenir para que tais falhas não tornem a ocorrer;
• Assegurando-se que registros sejam gerados e mantidos a fim de que se possa demonstrar o controle e a melhoria;
• através de auditorias internas para que se possa reportar a aptidão, adequação e eficácia do SGA em atender à política da organização e aos seus objetivos.
Análise
Através da análise dos resultados de monitoramento, medição e auditoria interna, a organização deverá estabelecer se mudanças são necessárias na política e nos objetivos e retificar qualquer parte do SGA.
Deve-se salientar que a norma exige que as informações necessárias sejam coletadas para que, então, se possa realizar a revisão. Subentende-se, assim, que tal análise seja documentada, podendo passar a fazer parte das responsabilidades do representante da direção.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

Introdução

O termo gestão ambiental é freqüentemente usado para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos, como por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão que incluam aspectos ambientais.
A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para organizações, ou seja, companhias, corporações, firmas, empresas ou instituições e pode ser definida como sendo um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente através da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto.


Objetivos e Finalidades
O objetivo maior da gestão ambiental deve ser a busca permanente de melhoria da qualidade ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada.
A busca permanente da qualidade ambiental é portanto um processo de aprimoramento constante do sistema de gestão ambiental global de acordo com a política ambiental estabelecida pela organização.
Há também objetivos específicos da gestão ambiental, claramente definidos segundo a própria norma NBR-ISO 14.001 que destaca cinco pontos básicos.
Além dos objetivos oriundos da norma ISO, em complemento, na prática, observam-se outros objetivos que também podem ser alcançados através da gestão ambiental, a saber:

• gerir as tarefas da empresa no que diz respeito a políticas, diretrizes e programas relacionados ao meio ambiente e externo da companhia;
• manter, em geral, em conjunto com a área de segurança do trabalho, a saúde dos trabalhadores;
• produzir, com a colaboração de toda a cúpula dirigente e os trabalhadores, produtos ou serviços ambientalmente compatíveis;
• colaborar com setores econômicos, a comunidade e com os órgãos ambientais para que sejam desenvolvidos e adotados processos produtivos que evitem ou minimizem agressões ao meio ambiente.

Os objetivos e as finalidades inerentes a um gerenciamento ambiental nas empresas evidentemente devem estar em consonância com o conjunto das atividades empresariais. Portanto, eles não podem e nem devem ser vistos como elementos isolados, por mais importantes que possam parecer num primeiro momento. Vale aqui relembrar o trinômio das responsabilidades empresariais: • Responsabilidade ambiental • Responsabilidade econômica • Responsabilidade social.


Fundamentos Básicos da Gestão Ambiental
A base de razões que levam as empresas a adotar e praticar a gestão ambiental, são vários. Podem perpassar desde procedimentos obrigatórios de atendimento da legislação ambiental até a fixação de políticas ambientais que visem a conscientização de todo o pessoal da organização.
A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos, incluindo-se aí a adoção de um Sistema Ambiental (SGA), na verdade, encontra inúmeras razões que justificam a sua adoção. Os fundamentos predominantes podem variar de uma organização para outra. No entanto, eles podem ser resumidos nos seguintes básicos:
Os recursos naturais (matérias-primas) são limitados e estão sendo fortemente afetados pelos processos de utilização, exaustão e degradação decorrentes de atividades públicas ou privadas, portanto estão cada vez mais escassos, relativamente mais caros ou se encontram legalmente mais protegidos.
Os bens naturais (água, ar) já não são mais bens livres/grátis. Por exemplo, a água possui valor econômico, ou seja, paga-se, e cada vez se pagará mais por esse recurso natural. Determinadas indústrias, principalmente com tecnologias avançadas, necessitam de áreas com relativa pureza atmosférica. Ao mesmo tempo, uma residência num bairro com ar puro custa bem mais do que uma casa em região poluída.
A população humana exerce forte conseqüência sobre o meio ambiente em geral e os recursos naturais em particular.
A legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação ambiental.
Pressões públicas de cunho local, nacional e mesmo internacional exigem cada vez mais responsabilidades ambientais das empresas.
Compradores de produtos intermediários estão exigindo cada vez mais produtos que sejam produzidos em condições ambientais favoráveis.
A imagem de empresas ambientalmente saudáveis é mais bem aceita por acionistas, consumidores, fornecedores e autoridades públicas.
A demanda por produtos cultivados ou fabricados de forma ambientalmente compatível cresce mundialmente, em especial nos países industrializados. Os consumidores tendem a dispensar produtos e serviços que agridem o meio ambiente.

Modelo de Sistema de Gestão Ambiental

Em outubro de 1996, a ISO publicou a norma ISSO 14001 que especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, permitindo a qualquer organização implementar, manter e aprimorar o seu SGS. Em 2004 essa norma passou por uma revisão cuja edição foi publicada em 31.12.2004. A referida norma compreende um ciclo PDCA, descrito a seguir, que recebeu esse nome devido às iniciais retiradas das palavras inglesas:
Plan (Planejar) ,Do (Implementar) , Check(Checar) ,Act (Agir Corretivamente)
Esse ciclo consiste na aplicação das etapas de planejamento, implementação, verificação de resultados e analise crítica em busca da melhoria contínua do SGA.

Comprometimento e Política Ambiental
A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para as organizações e simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente.
Tendo como base a avaliação ambiental inicial ou mesmo uma revisão que permita saber onde e em que estado a organização se encontra em relação às questões ambientais, chegou a hora da empresa definir claramente aonde ela quer chegar. Nesse sentido, a organização discute, define e fixa o seu comprometimento e a respectiva política ambiental.
O objetivo maior é obter um comprometimento e uma política ambiental definida para a organização. Ela não deve simplesmente conter declarações vagas; ela precisa ter um posicionamento definido e forte. Além da política ambiental, empresas também adotam a missão de que em poucas palavras, expõe seus propósitos.
A política ambiental da organização deve necessariamente estar disseminada nos quatro pontos cardeais da empresa, ou seja, em todas as áreas administrativas e operativas e também deve estar incorporada em todas as hierarquias existentes, ou seja, de baixo para cima e de cima para baixo - da alta administração até a produção.
O compromisso com o cumprimento e a conformidade é de vital importância para a organização, pois, em termos de gestão ambiental, inclusive nos moldes das normas da série ISO 14000, a adoção de um SGA é voluntária, portanto nenhuma empresa é obrigada a adotar uma política ambiental ou procedimentos ambientais espontâneos, salvo em casos de requisitos exigidos por lei, como, por exemplo: licenciamento ambiental, controle de emissões, tratamento de resíduos, etc.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

AUTORES e OBRAS importantes no estudo da Educação Ambiental.

AUTORES


MICHELE SATO
BIOGRAFIA:

Michele Sato possui licenciatura em Biologia, mestrado em Filosofia, doutorado em Ciências e pós-doutorado em Educação. É docente associada no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], sendo colaboradora nas universidades federais de São Carlos [UFSCar, SP] e Rio Grande [FURG, RS], além da Universidade de Santiago de Compostela [Espanha]. Colabora nas comissões editoriais de diversos periódicos e é articuladora de diversas redes potencialmente ambientais. Possui várias experiências nacionais e internacionais na área de Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: fenomenologia - sustentabilidade - ecologia - arte - mitologia. É bolsista produtividade do CNPq e também escreve crônica e poesias.


BIBLIOGRAFIA:

SATO, Michele. Educação ambiental. São Carlos: EdUFSCar, 1996.

SATO, Michele & SANTOS, José Eduardo. Agenda 21 em sinopse. São Carlos: EdUFSCar, 1999.

SATO, Michele (Coord.) ET al. Ensino de ciências e as questões ambientais. Cuiabá: NEAD, UFMT, 1999.

SATO, Michele; TAMAIO, Irineu; MEDEIROS, Heitor. Reflexos das cores amazônicas no mosaico da educação ambiental. Brasília: WWF-Brasil, 2002.

SATO, Michele; MONTEIRO, Silas; ZAKREZSKI, Cláudio & ZAKREZSKI, Sônia. Ciências, filosofia e educação ambiental – links e deleites. In OLAM - Ciência e Tecnologia. Rio Claro: UNESP, ano I.





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GENEBALDO FREIRE


BIOGRAFIA:

Genebaldo Freire Dias, brasileiro, Pedrinhas, SE, 3 de março de 1949. Bacharel (BD) Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia, UnB, Brasília, DF. Ocupação atual: Professor, Pesquisador e Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde também coordena o Projeto de Educação Ambiental.

BIBLIOGRAFIA:

- Populações marginais em ecossistemas urbanos (IBAMA, Brasília)
- Educação Ambiental – princípios e práticas (Gaia, SP)
- Atividades interdisciplinares de educação ambiental (Gaia, SP)
- Pegada Ecológica e sustentabilidade humana (Gaia, SP)
- Ecopercepção: um resumo didático dos desafios socioambientais (Gaia, SP)
- Antropoceno – iniciação à temática ambiental (Gaia, SP)
- 40 contribuições pessoais para a sustentabilidade (Gaia, SP)
- Educação e Gestão ambiental (Gaia, SP)




Em processo de publicação:

- Fogo, sonhos e desafios (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Queimadas e Incêndios Florestais – cenários e desafios: subsídios para a educação ambiental (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Mudança ambiental global – cenários, desafios, governança e oportunidades (prelo);
- Relatório Homo Sapiens (prelo)
- Dinâmicas e experimentação para educação ambiental (prelo)


Principais cargos exercidos na área ambiental:



- Diretor da Área de Controle de Poluição da Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do DF , 1987/1988;
- Secretário Adjunto da Secretaria de Ecossistemas da SEMA/MINTER, novembro ,1988;
- Chefe da Divisão de Educação Ambiental do IBAMA, Brasília, 1989;
- Diretor do Parque Nacional de Brasília (Parque da Água Mineral), IBAMA , Brasília, 1992/95 e Coordenador do Núcleo de Educação Ambiental (1998 – 2006);
- Coordenador do Projeto de Educação Ambiental da UCB (1999- );
-Coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação Ambiental do Prevfogo- Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais /Ibama, Brasília, DF (2007 - );
- Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (2008 - ).



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LEONARDO BOFF


BIOGRAFIA:


Nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.
Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).
É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.
Em 8 de Dezembro de 2001 foi agraciado com o premio nobel alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award).
Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda.
É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.




BIBLIOGRAFIA

- Boff, L., Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo 1995.
- Boff, L., Ecologia, mundialização, espiritualidade, Atica, S.Paulo 1996.
- Boff, L., Do iceberg à arca de Noé, Garamond, Rio de Janeiro 2002.
- Boff, L., Ecologia social em face da pobreza e da exclusão, em Etica da vida, Letraativa, Brasilia 2000, pp. 41-72.
- Boff, L., A nova era: a civilização planetária, Atica, S.Paulo 1995.
- Boff, L.,Eco-espiritualidade:sentir, pensar e amar como Terra, em Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo 1995, pp.285-307.




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ROBERTO CREMA
BIOGRAFIA:

Psicólogo e antropólogo do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT), formação em diversas abordagens humanísticas e transpessoais, criador do enfoque da síntese transacional (quinta força em terapia), consultor em abordagem transdisciplinar holística e ecologia do Ser. Foi o coordenador geral do I Congresso Holístico Internacional (1987) e implementador da Formação Holística de Base, no Brasil (1989). Membro honorário da Associação Luso-Brasileira de Psicologia Transpessoal (ALUBRAT), Fellowship da Findhorn Foundation (Escócia), coordenador do CIT-Brasil e reitor da Rede UNIPAZ.


BIBLIOGRAFIA:

Análise Transacional Centrada na Pessoa ,EDITORA ÁGORA Edição 4 /1985


Introdução à Visão Holística, SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1989

Novo Paradigma Holístico,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 3 / 1991

Rumo à Nova Transdisciplinaridade ,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1993

Saúde e Plenitude ,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1995

Visão Holística em Psicologia e Educação, SUMMUS EDITORIAL,Edição 3 / 1991



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GILBERTO FREYRE


BIOGRAFIA:

Filho de Alfredo Freyre, e de D. Francisca de Mello Freyre. Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando o jardim da infância do Colégio Americano Gilreath, em 1908. Faz seu primeiro contato com a literatura através das As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.
estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX,)dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts.Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933. Ocupou a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras em 1986.


BIBLIOGRAFIA:

Casa-Grande & Senzala, 1933.
Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934.
Sobrados e Mucambos, 1936.
Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem..., 1937.
Assucar, 1939.
Olinda, 1939.
O mundo que o português criou, 1940.
A história de um engenheiro francês no Brasil,1941.
Problemas brasileiros de antropologia, 1943.
Sociologia, 1945.
Interpretação do Brasil, 1947.
Ingleses no Brasil, 1948.
Ordem e Progresso, 1957.
O Recife sim, Recife não, 1960.
Vida social no Brasil nos meados do século XIX, (1964).
Brasis, Brasil e Brasília, 1968.
O brasileiro entre os outros hispanos, 1975.




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OBRA
( Gilberto Freyre )

CASA GRANDE E SENZALA.


Foi a obra que consagrou o sociólogo e escritor brasileiro Gilberto Freyre. Este ensaio, lançado em 1 de dezembro de 1993, aborda a formação e o desenvolvimento econômico-social do Nordeste durante a era colonial. O autor vê no cultivo da cana-de-açúcar, em meados do século XVI, um elemento fundamental neste mecanismo.

O escritor recifense aponta a participação significativa da estrutura até mesmo arquitetônica da Casa Grande na constituição da sociedade brasileira e de suas determinações culturais. E destaca a importância da senzala como pólo complementar desta instituição colonial. Tudo gira em torno do patriarcalismo, modelo no qual uma autoridade masculina exercita seu poder sobre todos que se encontram sob seu domínio.

O patriarca detém o controle sobre escravos, familiares, os filhos e seus descendentes, sua cônjuge, entre outros elementos que se abrigam em sua propriedade agrária. A casa-grande atua como um símbolo que agrega a todos, pois manifesta o potencial de acolher os membros que compõem esta comunidade.

Gilberto rejeita a concepção de que o brasileiro, por sua prática constante da mestiçagem, seja inferior a outros povos. Ele reforça a idéia de que a miscigenação concretizada entre ibéricos, indígenas e africanos, contribuiu para a constituição cultural positiva do povo que se desenvolveu em terras brasileiras.

O sociólogo desenvolve neste livro sua tese, expondo o nascimento da sociedade brasileira do ponto de vista da rotina na casa do grande senhor. Esta edificação é um instrumento do autor para representar o próprio país no período colonial, fundado sobre a monocultura do açúcar. Nesta terra recém-descoberta a natureza inclemente é vista como uma barreira a ser vencida, antes de se lograr o desenvolvimento da civilização.

Tentando conquistar riqueza e fama, o colonizador europeu enfrenta a barbárie e, aos poucos, constrói um universo pretensamente civilizado. As famílias que se destacam neste país emergente, por seu poder e sua influência, instauram espaços pioneiros na esfera pública e assim fortalecem laços de soberania e autoridade, gerando teias interativas que se estendem por todas as partes. Desta união de interesses entre núcleos familiares poderosos nasce o Estado, quase como um fator secundário.

De 1532 em diante emergiu uma estrutura social baseada no modelo econômico da exportação, estimulada pelos membros da monarquia brasileira, fixada em um centro produtor, a Casa-Grande, igualmente instituída como núcleo sócio-político. Freyre também demonstra a preponderância do português sobre os indígenas, através dos jesuítas, que atuaram no sentido de dominar este povo por meio da doutrinação moral e espiritual. A eles não restaram muitas opções além de se submeterem a esta colonização da alma, a não ser o árduo labor nas lavouras ou a fuga constante pelas florestas.

Quanto ao escravo, ele tem um papel de destaque na composição da sociedade brasileira, segundo Freyre, agindo até mesmo na essência do povo brasileiro. Esta concepção, somada à visão do autor sobre a sexualidade do brasileiro, abordada explicitamente, impregna esta obra de um potencial subversivo sem igual.




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FRITJOF CAPRA

BIOGRAFIA:



Fritjof Capra, Ph.D., físico e teórico de sistemas, é diretor fundador do Centro de Alfabetização ecológica em Berkeley, Califórnia, que promove a ecologia e sistemas pensando no ensino primário e secundário. Ele está na faculdade de Schumacher College, Um centro internacional de estudos ecológicos na Inglaterra, e freqüentemente dá seminários de gestão para altos executivos.

Dr. Capra é autor de cinco best-sellers internacionais, O Tao da Física (1975), The Turning Point (1982), Sabedoria incomum (1988), A Teia da Vida (1996), e As Conexões Ocultas (2002). Ele co-autoria Green Politics (1984), Pertencendo ao Universo (1991), e Ecogestão (1993), e co-editado Director de Negócios para a sustentabilidade (1995). Seu livro mais recente, A Ciência de Leonardo, foi publicado em capa dura em 2007 e em paperback em 2008. Por favor, consulte o bibliografia para obter mais detalhes sobre as publicações.



BIBLIOGRAFIA:


O Tao da Física / The Tao of Physics (1975)


O Ponto de Mutação / The Turning Point (1982)


Sabedoria Incomum / Uncommon Wisdom (1988),

Pertencendo ao Universo / Belonging to the universe: Explorations on the frontiers of science and spirituality (1991),


A Teia da Vida - Uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos / The Web of Life - A New Scientific Understanding of Living Systems (1996)


As Conexões Ocultas - Ciência para uma Vida Sustentável (2002)


A Ciência de Leonardo Da Vinci.
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ENRIQUE LEFF
BIOGRAFIA:


Economista mexicano, doutor em Economia do Desenvolvimento pela Sorbonne (1975), é professor de Ecologia Política e Políticas Ambientais na Pós-Graduação da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e, desde 1986, coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Leff também é conhecido no Brasil como professor do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná.



BIBLIOGRAFIA


-Ecologia, Capital e Cultura
Editora: Vozes
Ano: 2009
Número de páginas: 440

- Epistemologia Ambiental
Editora: Cortez
Origem: Nacional
Ano: 2002
Número de páginas: 240
- Ecologia, Capital e Cultura: Racionalidade Ambiental
Editora: Edifurb
Ano: 2000
Edição: 1
Número de páginas: 373

- Racionalidade Ambiental a Reapropriação Social da Natureza
Editora: Civilização Brasileira
Ano: 2006
Número de páginas: 555
- Complexidade Ambiental, A
Editora: Cortez
Ano: 2003
Número de páginas: 342
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Trabalho de Ética e Educação Ambiental.

DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL x EDUCAÇÃO AMBIENTAL.


Atualmente, e desde os primórdios do século XIX, o desenvolvimento de qualquer segmento industrial gera conseqüências a todos os setores da sociedade, como: político, social, financeiro, cultural e ambiental. Com certeza é evidente o progresso da sociedade, pois: melhora a qualidade de vida, gera empregos e produz bens.
Porém nem sempre é positiva a instalação de uma indústria ou os modos de obtenção de suas matérias primas, pois pela sua necessidade utilizam-se dos recursos naturais, indevidamente, e quase sempre acarretam sérios danos ao meio-ambiente. Os quais são: a contaminação de rios, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a redução ou até destruição dos habitats naturais. O pior é que, infelizmente, poucos se preocupam nas conseqüências, e visam apenas os próprios interesses não dando atenção à base da vida, que é o meio ambiente.
Assim, é de inestimável importância a educação ambiental, pois é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, a não continuar o que tem feito, conseqüentemente buscado apenas sua autodestruição. Por isso, além de simplesmente entender, todos precisamos buscar soluções práticas visando à preservação dos recursos naturais, aliado ao desenvolvimento de todos os aspectos da sociedade, pondo em prática pequenos hábitos que podem fazer toda a diferença e como resultado a preservação ambiental.


Por: Pedro Henrique Mendes